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David Byrne, Psycho Killer e o autismo

David Byrne vai fazer 70 anos em breve e, em uma entrevista sobre sua carreira (link nos comentários), ele divulga como foi conciliar a vida de astro do Pop com os sintomas de autismo.

Conhecido no Brasil com a música “Psycho Killer”, ele se descreve como portador de Asperger moderado. Campeão de visões individualistas que compõem um caleidoscópio social, o fato de declarar sua condição como aspecto vital de sua arte serve como uma declaração brilhante do poder da inclusividade e do reconhecimento da beleza em nossas diferenças ao invés de sucumbir à dominação da conformidade.

Indivíduos no espectro autista geralmente têm dificuldade na interação social convencional. Não é que não consigam se comunicar emocionalmente, mas o fazem através de processamento diferente do mundo. Byrne sentia que essa expressão era mais fácil através de performances artísticas.

“Eu não conseguia falar com as pessoas cara a cara, então subia no palco e começava a gritar e me movimentar”. Seu estilo único não era limitado aos palcos e permeia suas composições. Em entrevista à TV britânica BBC ele revelou que acha libertador se apresentar: “Há algo sobre ter a atenção direcionada à você (no palco), mas ser meio anônimo”.

Ainda na entrevista, de forma honesta, falou sobre como lida com dificuldades inerentes associadas à condição: “As expressões saem boca a fora”. Por outro lado, “eu não tenho problemas em ficar sozinho ou focar em algo. É o meu superpoder”.

A vida, para todos nós, tem altos e baixos e tentamos lidar com ela da melhor forma possível. Os indivíduos no espectro estão na mesma estrada, aproveitando a vista e passando pelos buracos. Eles apenas têm um neurotipo diferente enquanto fazem a jornada.

Em 1986 Byrne foi co-autor e diretor da comédia “True Stories”, reconhecido como um exemplo de expressão do autismo no cinema.





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